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“Fazer algo pelos outros, como um trabalho voluntário, gera mais felicidade do que adquirir bens materiais” Laurie Santos, coordenadora do curso Psychology and the Good Life, que ocupa a primeira posição, na Universidade Yale, nos Estados Unidos, com mais de 1200 alunos presenciais e outros 350 000 na versão online, desde a sua criação no ano passado.

À frente do programa, com dez semanas de duração, está a psicóloga Laurie Santos, um dos expoentes de uma nova geração de psicólogos que usam a ciência para explicar o comportamento humano e uma de suas maiores ambições: a felicidade.

Segundo estudos realizados por especialistas da área, dinheiro, bens materiais, poder e sucesso não são a causa da felicidade. Por outro lado, pequenas coisas, a maioria que não prestamos atenção, como visitar amigos e parentes, fazer uma boa ação, meditar, enfim, desenvolver conexões verdadeiras aumentam a sensação de bem-estar. Afirmam que aqueles que pensam mais nos outros e que realizam alguma atividade voluntária são mais felizes.

Da mesma maneira, pessoas que tentam preencher o tempo com diversas atividades, não se sentem tão felizes como aquelas que conseguem desfrutar de um tempo livre.
As excessivas escolhas, oferecidas a todo momento, tornam o indivíduo ansioso e inseguro, podendo chegar até uma fadiga mental e emocional, pois dão a sensação de nunca ter feito a escolha certa.

Além disso, cada vez mais, o ser humano é enviado para o futuro com muita frequência. É o sucesso
profissional, a viagem, o carro novo, a casa. A falta de concentração no agora, no momento presente, gera um sentimento muito comum, principalmente nos jovens, a ansiedade. E as redes sociais contribuem muito para essa sensação de medo do que vai acontecer no futuro, através de comparações. Há sempre alguém com melhores notas, com o melhor emprego, com a melhor festa, com o melhor parceiro amoroso, e etc.

Segundo os cientistas do comportamento, vários estudos mostram que as redes sociais aumentam a ansiedade, o sentimento de vazio e a pobreza nos relacionamentos. Através das redes sociais são estabelecidas conexões pouco profundas e temporárias. Completam, com a afirmativa de que a tecnologia não é bem usada na promoção da felicidade.

Enfim, o segredo da felicidade está nas pequenas coisas da vida e no contato pessoal com familiares e amigos. Inclua um tempo para a socialização e para atitudes que façam bem ao outro.

(Baseado em texto publicado na Revista Exame de outubro de 2019)

Felicidade: o curso mais popular da YALE
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